A PF conheceu nos últimos dias uma ferramenta para o rastreio de criptomoedas em operações. Com o crescimento do uso de moedas digitais por criminosos, principalmente hackers, a Polícia Federal pretende inovar.
Nos últimos dias aconteceu o 3.º Simpósio Internacional de Segurança, com foco nas “Inovações Tecnológicas no Combate à Criminalidade”. O evento procurou então mostrar para as agências de segurança nacional as novas ferramentas utilizadas pelo crime.
Desse modo, o Painel 2 do evento o assunto alvo foi de Crimes Financeiros. Participou desse painel o Diretor de Vendas da Cellebrite, Eduardo Negreiros.
No decorrer de sua apresentação, Eduardo deixou claro que o crime com criptomoedas tem crescido.
PF conhece uma ferramenta para rastreio de criptomoedas de suspeitos de crimes
O Bitcoin é uma moeda digital que nasceu em 2009, com sua criação feita por Satoshi Nakamoto. Apesar de alguns usuários da moeda acreditarem que a moeda é anônima, a realidade não é totalmente essa.
Com o passar dos anos várias investigações levaram a prisão de pessoas que usaram Bitcoin em crimes. Isso porque a moeda é considerada pseudoanônima, logo uma pessoa que faz uma transação com Bitcoin pode deixar rastros.
E justamente esses rastros têm sido cada vez mais encontrados por investigadores. No Brasil, a PF conheceu nessa semana uma aplicação que permite o rastreio de criptomoedas, construída pela Cellebrite.
A ferramenta consegue identificar dados relacionados a qualquer endereço de Bitcoin que um policial brasileiro capturar em uma operação. O diretor de vendas da empresa, Eduardo Negreiros, mostrou que o potencial da sua aplicação é grande, pois agiliza a investigação criminal.
De acordo com Eduardo, hoje o crime utiliza cada vez mais as criptomoedas, não apenas o cibercrime. Ou seja, a capacitação da segurança nacional deve contemplar o tema das criptomoedas.
Aplicativo tático de criptomoedas foi apresentado em evento
Além da ferramenta de rastreio de criptomoedas, a Cellebrite também apresentou um aplicativo. Chamado de aplicativo tático, ele poderia acompanhar agentes de segurança quando em cumprimento de mandados de busca e apreensão.
Dessa forma, o registro das apreensões poderiam já ser registrados no aplicativo no momento da ação. Além disso, o aplicativo tem integração com o rastreio de criptomoedas. Ou seja, o agente de segurança quando for cumprir um mandado já pode levantar mais informações sobre endereços de criptomoedas no momento da ação policial.
Cabe o destaque que a ferramenta ainda não está em uso pelas autoridades brasileiras. No entanto, a Cellebrite espera comercializar seu produto para os órgãos de segurança interessados e que desejam se modernizar no assunto.
No início de outubro, a polícia conseguiu prender traficante da dark web após rastrear carteira de Bitcoin dele. O homem era responsável por um sofisticado esquema de tráfico de drogas e foi preso nos EUA.
A polícia brasileira enfim poderá começar em breve a trabalhar no rastreio de criptomoedas. Como havia informado o Livecoins, a PF também pode começar a identificar pessoas com uso da blockchain após conhecer uma solução de uma startup no mesmo evento.