A prefeitura de Maricá, no Rio de Janeiro, anunciou que dará moedas digitais para quem ajudar no trabalho a Agência de Coleta Seletiva municipal.
A cidade é referência mundial na aplicação de uma moeda digital social em sua comunidade, chamada Mumbuca. Gerida pelo Banco Popular Comunitário de Maricá, a moeda é uma forma de repasse de dinheiro para a população local, visto que o município recebe muito recurso pela exploração do pré-sal.
Localizado a 60 quilômetros da capital do Rio de Janeiro, o município é um dos pioneiros do país a tentar uma forma de renda básica para a população local. Em conversa com o Livecoins, uma pensionista do INSS disse que usa o que ganha da moeda digital para comprar arroz e feijão, ajudando ela a se sustentar.
Prefeitura de Maricá dará moeda digital para quem participar de coleta seletiva
A Agência de Coleta Seletiva de Maricá foi inaugura oficialmente na última sexta-feira (11), com muitas novidades para a população local. Isso porque, a prefeitura confirmou que dará moedas digitais sociais para quem ajudar na coleta seletiva local.
Esse espaço está sendo considerado um “centro de câmbio da reciclagem e compensação financeira aos coletores ou população em geral“. Com a coleta, materiais que prejudicam o meio ambiente são recolhidos e reciclados.
Para receber a recompensa em Real, a pessoa deve ter o cadastro no aplicativo E-dinheiro, onde por cada quilo recolhido é obtida uma recompensa. A moeda social Mumbuca é aceitar apenas em Maricá e essa é uma nova forma de receber ela para consumir no comércio local.
O prefeito de Maricá, Fabiano Horta, destacou que o “lançamento dessa agência é um elemento de ampliação da política de sustentabilidade de Maricá, em diálogo com a Moeda Mumbuca, catalisadora do êxito das políticas sociais locais“.
Esse projeto de Moeda Social já está em estudo por pelo menos dois municípios do Rio de Janeiro, sendo Niterói e Petrópolis, esse último que foi o último a anunciar a novidade nos últimos dias.
Plataforma blockchain para rastreio
Mas uma das mais importantes inovações dessa nova agência de coleta seletiva em Maricá talvez seja a tecnologia empregada no rastreio dos itens após a entrega, que será feita com a blockchain.
Assim, desde o depósito na agência até que o item seja transformado em nova embalagem, será totalmente rastreado pela solução de tecnologia de ponta. O secretário de Cidade Sustentável, Helter Ferreira, disse que resíduos prejudiciais ao meio ambiente agora viram renda em Maricá.
“Na agência de Cordeirinho, transformaremos resíduos prejudiciais em renda, o que beneficia demais o meio ambiente e fomenta a preservação ambiental. A expectativa é que, em breve, possamos implantar a coleta seletiva no município, processo que é fortalecido por essa parceria”.
A nova plataforma blockchain criada por Maricá foi divulgada na última quarta-feira (16), por meio do JOM, o jornal de informações oficiais do município.