Certamente o Bitcoin, pelo menos pela população dos EUA, não é o melhor investimento de longo prazo. Entretanto, segundo a Binance Research, é interessante considerar a moeda digital para diversificar investimentos. A dúvida é: quanto é o recomendado possuir de Bitcoin em investimentos?
Isso porque o Bitcoin é uma moeda que possui alta volatilidade. Com isso, a porcentagem alocada em investimentos pode ser rapidamente impactada, para cima ou baixo. Entretanto, em cenários de crises econômicas o Bitcoin tem ganhado espaço, podendo ser considerado um hedge.
Em um recente estudo lançado pela Binance Research no último dia 25 de julho, há benefícios em diversificar com Bitcoin. Com isso, o ponto inicial é entender o significado de diversificação de portfólio na teoria.
A diversificação é uma estratégia de gerenciamento de riscos que mistura uma ampla variedade de investimentos em um portfólio. A lógica por trás dessa técnica é que um portfólio construído de diferentes tipos de ativos produzirá, em média, retornos de longo prazo mais altos e reduzirá o risco de qualquer participação individual ou segurança.
Isso porque, quando ativos diferentes em um portfólio de investimentos possuem baixa correlação (próximo a 0), há benefícios. Com isso, a pesquisa buscou alguns fundos de investimentos que não possuem Bitcoin (BTC) entre os ativos.
Para saber se o desempenho dos fundos teriam uma melhora ao adicionar o Bitcoin, a Binance Research simulou com valores. Além disso, os valores testados foram diferentes, colocados de forma aleatória como 1% e 5%.
Para surpresa, com o rebalanceamento dos portfólios com as porcentagens de Bitcoin, o desempenho dos fundos teve uma melhora. Isso porque, mesmo com o Bitcoin sendo muito volátil, seu desempenho junto a outros investimentos ainda teria sucesso.
Cabe o destaque que, mesmo com os valores aleatórios de alocação com o Bitcoin, o desempenho certamente foi consideravelmente superior. Além disso, a volatilidade com o acréscimo de apenas 1% impatou no Fundo BlackRock e caiu no Fundo Vanguarda. Isso indicaria que, mesmo essa sendo um ponto de crítica ao Bitcoin, não demonstrou impacto na análise.
A análise ainda comparou o desempenho histórico dos fundos com o Bitcoin em seus portfólios. Neste ponto, o ano de 2018 foi o único ruim para os fundos, com ou sem o Bitcoin.
Finalmente, como conclusão o Bitcoin não possui correlação com os ativos dos portfólios mencionados. Neste sentido, há benefícios em diversificar os investimentos com Bitcoin, podendo variar entre 1-5% a quantidade ideal para composição de portfólios, segundo este estudo.
Comentários