Mineradora usará refrigeração imersiva para minerar Bitcoin

A empresa também afirmou que a refrigeração imersiva em líquido é boa para as placas já que estas trabalharão em um ambiente mais estáveis. Seus testes preliminares estimaram um aumento de 25% na taxa de hash, com potencial de 50%.

A Riot Blockchain, empresa de mineração listada na Nasdaq, anunciou na última semana que está trabalhando para usar resfriamento por imersão nas suas ASICs — equipamento de mineração de bitcoin —, a instalação ocorrerá na sua fazenda em Whinstone.

Dentre os benefícios estão a redução de calor e ruído, que por consequência melhoram a eficiência do hardware e tornam o ambiente mais agradável, tanto para empregados quanto para vizinhos. Bem como o menor acumulo de poeira, outro vilão na mineração de criptomoedas.

A solução a ser introduzida pela Riot é fundamental para que a empresa gere ainda mais lucros. Afinal, atualmente apenas 6,25 BTC são gerados a cada ~10 minutos, e este número de bitcoins cairá pela metade (3,125 BTC) daqui dois anos e meio.

Benefícios podem fazer com que este seja o padrão da indústria

O primeiro benefício de submergir os equipamentos em líquido está relacionado ao barulho. Em outubro relatamos que ele pode incomodar vizinhos, outra empresa enfrentou uma multa de 30 milhões de reais no Canadá.

Além disso, o calor gerado pelo equipamento também é reduzido na mesma proporção. Note que ele pode mudar a longevidade de tais equipamentos visto que as máquinas ficam muito próximas uma das outras.

O tweet abaixo aponta essas duas melhorias em relação a refrigeração a ar, bem como afirma que 40% desta calor pode ser convertido novamente em energia, o que é bom tanto em termos financeiros, conforme as empresas gastam menos, quanto para o meio ambiente em geral.

“Ao submergir mineradoras de Bitcoin em líquido, o calor e o ruído são reduzidos em 95% e podemos recapturar até 40% do calor e convertê-lo em energia.”

Riot é a primeira empresa a empregar tal técnica

A Riot Blockchain será a primeira empresa a usar esta solução em ampla escala. Cerca de 200 MW de sua fazenda de mineração em Whinstone serão reservados para esta prática, cobrindo um total de 46.000 ASICs do modelo S19 da Bitmain.

“Devido a essas eficiências, prevemos observar um aumento na taxa de hash e produtividade da Empresa em 2022, sem ter que depender exclusivamente da compra de ASICs adicionais.”

Fazenda de mineração da Riot Blockchain. Fonte: Riot Blockchain

A empresa também afirmou que a refrigeração imersiva em líquido é boa para as placas já que estas trabalharão em um ambiente mais estáveis. Seus testes preliminares estimaram um aumento de 25% na taxa de hash, com potencial de 50%.

A implementação deste sistema está planejado para ocorrer ainda neste ano. Estas melhorias fazem-se necessária à medida que outras empresas de mineração, também listas em bolsas, estão tornando a mineração de BTC cada vez mais concorrida.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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