Senadora americana apresenta projeto de lei para pressionar investidores de Bitcoin e criptomoedas

Em suma, a senadora quer que todo ecossistema de criptomoedas exija KYC, incluindo mineradores e validadores que atuam na base desses projetos. O texto é polêmico já que algumas pools de Bitcoin já estão censurando transações, o mesmo acontece no Ethereum.

Elizabeth Warren, senadora dos EUA, apresentou um projeto de lei nesta segunda-feira (11) para combater o uso de criptomoedas por diversos tipos de criminosos. No entanto, o projeto também afeta usuários comuns, que teriam sua privacidade quebrada.

Como exemplo, a senadora cita que países como Irã, Rússia e Coreia do Norte estão usando criptomoedas para evadir sanções e até mesmo financiar a construção de bombas nucleares.

Seu texto contém o apoio de outros senadores americanos, como John Hickenlooper e Ben Ray Luján, e até mesmo algumas instituições bancárias como o Bank Policy Institute e o Massachusetts Bankers Association.

Projeto de lei mira em terroristas, mas acerta usuários comuns

Se dependesse da senadora Elizabeth Warren, americanos nem sequer poderiam usar o Bitcoin. Ainda em 2022, a senadora enviou um projeto de lei querendo proibir a autocustódia de criptomoedas. Já em seu novo texto, ferramentas que aumentam a privacidade são o novo alvo de Warren.

Em suma, a senadora quer que todo ecossistema de criptomoedas exija KYC, incluindo mineradores e validadores que atuam na base desses projetos. O texto é polêmico já que algumas pools de Bitcoin já estão censurando transações, o mesmo acontece no Ethereum.

“Estender as responsabilidades da Lei de Sigilo Bancário (BSA), incluindo os requisitos de KYC, para provedores de carteiras de ativos digitais, mineradores, validadores e outros participantes da rede que possam agir para validar, proteger ou facilitar transações de ativos digitais”, aponta o texto de Warren.

Carteiras de autocustódia são citadas novamente. Segundo a senadora, empresas precisariam manter registros e arquivar relatórios sobre transações. No mês passado, a Wallet of Satoshi deixou as lojas de aplicativos do Google e Apple nos EUA devido à pressão regulatória sobre o setor.

Também na mira da senadora estão ferramentas que aumentam a privacidade das transações de criptomoedas. Em especial, os mixers são citados como exemplo, mas a categoria poderia incluir CoinJoin e até mesmo a Lightning Network.

“Orientar o FinCEN a emitir orientações às instituições financeiras sobre a mitigação dos riscos de manuseio, uso ou transação com ativos digitais que foram anonimizados usando mixers de ativos digitais e outras tecnologias que melhoram o anonimato.”

Segundo Warren, essas medidas fechariam brechas contra a lavagem de dinheiro, ataques de ransomware, evasão de sanções, tráfico de drogas, fraude contra idosos e outras atividades financeiras ilícitas usando criptomoedas.

Coreia do Norte está construindo uma bomba nuclear financiada por criptomoedas, diz senadora americana

Embora cite outros países, como Irã e Rússia, a maior preocupação dos EUA são hackers norte-coreanos. Em especial, o grupo Lazarus, financiado pelo Estado e com um histórico de hacks gigantescos ao longo dos últimos anos, como o da Ronin.

“Precisamos atualizar [as leis] novamente porque há uma nova ameaça lá fora, são as criptomoedas, e elas estão sendo usadas para o financiamento de terroristas, tráfico de drogas. A Coreia do Norte está usando [as criptomoedas] para pagar por cerca de metade de seu programa de armas nucleares.”

Grande crítica das criptomoedas, Elizabeth Warren usa a narrativa do medo para ganhar apoio de outros políticos sem envolvimento na indústria. No passado, a senadora chegou a dizer que comprar Bitcoin era o mesmo que comprar ar.

$100 de bônus de boas-vindas. Crie sua conta na maior corretora para traders de criptomoedas e ganhe. Acesse Bybit.com

Entre no nosso grupo exclusivo do WhatsApp | Siga também no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e Google News.

Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

Últimas notícias

Últimas notícias