A Shell, uma das maiores produtoras de petróleo do mundo, está entrando na indústria de mineração de Bitcoin, sendo mais uma petrolífera a explorar este setor que em um primeiro momento parece distante de seu ramo.
A notícia foi publicada pela Bitcoin Magazine, portal fundado em 2012 por Vitalik Buterin e Mihai Alisie, que fechou uma parceria de dois anos com a Shell para patrocinar as próximas duas conferências anuais da Bitcoin Conference.
Shell apresenta solução para mineração de Bitcoin
Conforme a eficiência dos equipamentos de mineração são a principal preocupação dos mineradores, a imersão das ASICs em fluidos de refrigeração consegue ser uma solução para isso.
Afinal, tal técnica permite um melhor desempenho dos equipamentos. Além de um ambiente mais estável, é possível obter até mesmo uma melhora na taxa de hash, ou seja, mais lucros para o minerador.
Com isso, a unidade de lubrificantes da Shell estará explorando este setor em potencial, oferecendo soluções de imersão em fluido como já oferece a outras indústrias como de data centers.
“A Shell Lubricants está comprometida em fornecer aos clientes alternativas de redução de carbono e um dos benefícios mais importantes do fluido de resfriamento de imersão é a sustentabilidade e a energia renovável”, disse Darin Gonzalez da Shell.
Outra melhoria oferecida pela técnica de imersão está relacionada ao ruído emitido pelos equipamentos. Algumas cidades, por exemplo, já quiseram expulsar grandes mineradoras devido a este incomodo, mas a mineração imersiva pode ser uma resposta silenciosa.
Shell não é a única de olho na mineração
Além da Sheel, a Exxon Mobil é outra gigante produtora de petróleo que está aproveitando-se do Bitcoin. Em março deste ano, a empresa anunciou que estaria usando o excesso de gás natural para alimentar fazendas de Bitcoin.
Em outras palavras, a mineração está ajudando o meio-ambiente, transformando um material que seria queimado em uma fonte de energia que contribui para a segurança da maior moeda descentralizada do mundo.
Por fim, cada vez mais empresas distantes das criptomoedas estão encontrando soluções no Bitcoin. Afinal, mesmo em queda na última semana, o protocolo continua funcionando normalmente, como nos últimos 13 anos.