De acordo com um pesquisador da Universidade de Hong Kong, a tecnologia das criptomoedas e a Inteligência Artificial (IA), podem ajudar no combate ao surto de Coronavírus. O estudo foi compartilhado na Universidade Oxford, no Reino Unido.
Para Syren Johnstone, as tecnologias deverão ser parte da solução dos problemas de saúde. O novo surto que assusta os países, com cerca de 500 mortes confirmadas na China, tem mostrado uma ineficiência de algumas instituições.
Isso porque, na medida em que o surto aumento a infecção, os recursos financeiros demoram a chegar para as vítimas. Syren é Diretor Executivo do Programa de Mestrado em Direito na Universidade de Hong Kong.
De fato, com o mundo globalizado uma doença com alto potencial de contágio é algo assustador. Contudo, para um pesquisador, mais assustador tem sido o tempo de resposta global ao problema.
Isso porque já existem soluções para combater, quase que em tempo real, crises como a apresentada pelo Coronavírus. Ao se apresentar em Wuhan, cidade chinesa com mais que 11 milhões de habitantes, o vírus teve uma capacidade de contenção ineficiente. Já são várias pessoas infectadas pelo mundo desde que se tomou conhecimento do problema.
A capacidade de resposta foi questionada por Syren Johnstone, em uma postagem no blog da Universidade de Oxford. O pesquisador em direito afirmou que com IA e a tecnologia blockchain, utilizada pelas criptomoedas, o Coronavírus poderia não ter alcançado grandes proporções.
Além disso, afirmou que o momento é essencial para um “chamado às armas” ao setor de tecnologia. O pesquisador afirmou que até as doações poderiam ser melhor implementadas com as criptomoedas. Cabe o destaque que o governo da China, país com maior número de casos suspeitos e mortes, defende o uso da tecnologia blockchain.
Na China há uma Lei para Caridade, que estabelece que apenas empresas privadas registradas possam fazer a intermediação entre as vítimas e os apoiadores. Ou seja, quando se há uma crise, apenas as empresas previamente definidas podem receber e repassar recursos.
O problema maior é que nos últimos anos as empresas têm sido ineficientes no repasse de doações. A Cruz Vermelha na China, por exemplo, é uma das instituições que não conseguem desempenhar um bom papel.
Para Syren, “há um caminho melhor”, uma vez que as criptomoedas e IA já estão em uso constante pela indústria de tecnologia. Com a blockchain, qualquer doação poderia ser rastreada, desde máscaras até dinheiro. Dessa forma, a transparência das doações seriam muito melhores para todos os envolvidos no processo.
Já no quesito quais recursos poderiam ser aplicados, no melhor local, a IA poderia ajudar na tomada de decisão. Neste ponto, as doações poderiam ter um alcance mais eficiente e transparente, maximizando a contenção do Coronavírus.
O analista em direito afirmou que no curto prazo as empresas de tecnologia devem buscar desenvolver soluções para ajudar. No médio e longo prazo, a centralização dos recursos deverá ser diminuída, para melhorar o controle de futuras crises. Por fim, Syren afirmou que as novas soluções deverão ser sem fronteiras.
Agora é a hora de desenvolver soluções sem fronteiras com base em tecnologias adequadas à finalidade. Não vamos esperar e nos encontrar no futuro novamente falando sentimentalmente sobre ‘lições que foram aprendidas’.
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