Glaidson Acácio dos Santos teve um pedido para não ser levado a júri popular negado sobre o caso da morte de Wesley Pessano, em 2021. Glaidson (o Faraó dos bitcoins), é o principal suspeito de mandar matar o jovem que se apresentava como “Rei do Pullback” para investidores.
A mãe de Wesley, Carla Pessano, ao lado do pai Fabricio Santarem, publicaram no Instagram que estavam a caminho da audiência que analisava o recurso dos réus.
“Daqui a uma hora, mais um passo será dado. No dia 4 de agosto, arrancaram o nosso filho da forma mais cruel. Desde então, vivemos com um vazio que nunca será preenchido. A dor não passa, ela só muda de lugar, mas é a esperança e a confiança na justiça que nos mantêm de pé. Hoje, entraremos nessa audiência com o coração sangrando, mas com a alma firme. Porque quem perde um filho nunca mais volta a ser o mesmo… Mas aprende a lutar com todas as forças para que a verdade apareça, e os responsáveis respondam por tudo que fizeram. Por Wesley. Por justiça. Seguimos juntos, com a imagem do nosso filho no peito e a verdade do nosso lado. Que a justiça fale mais alto do que qualquer mentira. O nome de Wesley continuará vivo, enquanto houver voz para clamar por justiça e memória para jamais esquecer quem ele foi. Wesley jamais será esquecido“, disse o casal que clama por justiça em memória de seu filho.
A defesa da família também comemorou a decisão de que o Faraó dos bitcoins e outros seis réus que tentavam fugir do júri popular tiveram contra eles.
Advogado da família do “Rei do Pullback” comemora decisão contra Faraó dos bitcoins, que vai a júri popular
Representando a família de Wesley Pessano, o advogado Luciano Regis comentou a decisão contra Glaidson Acácio dos Santos e outros seis réus.
“Hoje, em mais um passo importante rumo à justiça, aconteceu a audiência do processo envolvendo Glaidson e os demais réus. Por unanimidade 3 votos a 0, o Tribunal decidiu que todos irão a júri popular.
O advogado Dr. Luciano Regis, que representa a família da vítima, sustentou com firmeza e embasamento jurídico a importância de que o caso seja julgado pelo povo, como prevê a Constituição nos crimes dolosos contra a vida.
Esse é um avanço importante. A dor continua, mas a esperança na Justiça permanece firme.”
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Relembre o caso e as principais informações
Vale lembrar que Wesley Pessano dirigia seu Porsche vermelho a caminho do barbeiro que cortaria o cabelo, mas foi surpreendido por homens armados que lhe tiraram a vida no dia 4 de agosto de 2021. Com ele estava outra pessoa que foi baleada e resistiu aos ferimentos.
No dia 15, o Fantástico da Globo fez uma cobertura sobre as várias pirâmides financeiras de criptomoedas em Cabo Frio (RJ), chamando a cidade de “Egito brasileiro”. O programa destacou a morte de Pessano em um possível conflito armado na região.
Preso desde o dia 25 de agosto daquele mesmo ano, na Operação Kryptos da Polícia Federal no Rio, Glaidson cumpre pena em presídio federal até os dias de hoje.
Além da investigação que apura o fato de ele ser o mentor da morte de Pessano, pesa contra o faraó outros crimes de fraude contra o sistema financeiro.
