Lembrado por suas críticas ao Bitcoin, como quando o chamou de pirâmide financeira, o Banco Central da Rússia pode estar pronto para reconhecer as criptomoedas como um ativo legal.
Segundo informações da TASS, agência de mídia estatal russa, o Banco Central repensou sua posição, “considerando que a situação mudou”, segundo as palavras de Alexei Moiseev, vice-Ministro da Fazenda.
Embora sem mais informações, podemos especular que isso tenha ligação com as sanções sofridas pela Rússia após a mesma entrar em guerra com a Ucrânia. Sendo assim, o país comandado por Vladimir Putin pode estar querendo usar as criptomoedas para impulsionar sua economia.
Banco Central da Rússia repensou sua abordagem sobre criptomoedas
Embora o Ministério das Finanças e o Banco Central da Rússia tenham opiniões contrárias sobre o Bitcoin e outras criptomoedas, esta situação pode estar mudando. Segundo falas de Alexei Moiseev, vice-Ministro da Fazenda, o BC repensou a respeito do assunto e pode reconhecer as criptomoedas em breve.
“Quanto à regulação do mercado de criptomoedas, a diferença de abordagens permaneceu. Mas posso dizer que o Banco Central também repensou [a abordagem], considerando que a situação mudou.”
“Porque a infraestrutura que planejamos criar é muito rígida para o uso de criptomoedas em acordos transfronteiriços, devemos legalizá-las de alguma forma antes de tudo”, comenta Alexei Moiseev, vice-Ministro da Fazenda da Rússia. “Por um lado, dar às pessoas a oportunidade de usá-las, por outro lado, colocá-las sob controle para não haver lavagem de dinheiro, pagamento por drogas e outros.”
Sendo assim, a Rússia pode estar chegando a um consenso sobre as criptomoedas. Afinal, isso já havia sido proposto meses atrás. Portanto, estas poderão ser usadas tanto para driblar sanções econômicas como também impulsionar a sua economia enquanto segue com suas operações militares na Ucrânia, que já duram mais de seis meses.
Finalizando, o vice-ministro russo apontou que muitas pessoas já trabalham com criptomoedas, mas que atualmente não há nenhum controle estatal. Portanto, sua estratégia é deixar o Banco Central como supervisor, tentando, de alguma forma, ter controle sobre estes cidadãos e empresas.