O Bitcoin é uma moeda digital que é protegida pela sua rede de entusiastas, e neste fim de semana, o apoio a tecnologia bateu um recorde importante. Isso porque, o recente aumento de preços do Bitcoin tem motivado a comunidade a trabalhar pela moeda.
Diferente de moedas emitidas pelos bancos centrais, o Bitcoin não tem um governo ou empresa protegendo seu ecossistema. Quem quiser fazer essa proteção do Bitcoin está autorizado, desde que tenha um node e uma máquina de mineração.
Neste ponto, os mineradores são aqueles que passam por um momento delicado nos próximos dias. Sua atividade terá um declínio na rentabilidade, uma vez que o halving irá cortar a emissão de novos Bitcoins pela metade.
Em outro ponto, quem possui máquinas antigas poderá ter que desligar, uma vez que a luta pela rentabilidade ficará acirrada. Dessa forma, os mineradores resolveram correr contra o tempo para encontrar o máximo de moedas possível antes do halving.
A chamada taxa de hashs é uma das medidas mais importantes quando se fala em mineração de Bitcoin. Isso porque, com a medida é possível detectar o quão segura está a rede do Bitcoin.
Ou seja, quanto maior a taxa de hashs, melhor para a proteção da rede contra invasores. De acordo com a Glassnode, enquanto o preço do Bitcoin teve um super crescimento nos últimos dias, a taxa de hashs bateu um recorde importante, superando a alta histórica.
Isso certamente mostra que os mineradores aceleraram o passo na busca por Bitcoin, indicando que a corrida pelo ouro digital está apertada. Enquanto o halving não chega, os mineradores deverão buscar as moedas excedentes como recompensa.
Isso é muito bom para o Bitcoin, que mostra uma grande resiliência antes do corte de moedas. A adaptação ao cenário de adversidades era algo que preocupava alguns, contudo, ver o crescimento da taxa junto do preço do Bitcoin mostra que a moeda está longe de ser abandonada.
Sabendo que a taxa de hashs está em seu auge, com crescimento positivo, alguns se preocupam com o preço do Bitcoin. Alguns analistas apontaram que o segundo trimestre (Q2), período entre abril e junho, é historicamente positivo para o Bitcoin.
Nos últimos anos, por exemplo, é comum o Bitcoin ter uma boa valorização neste período, maior até que o primeiro trimestre (Q1). De acordo com o analista do Twitter Ceteris Paribus, desde 2016, o Bitcoin registra grandes ganhos no período.
A mesma visão positiva foi compartilhada pelos analistas da Skew, que afirmaram que o fenômeno poderia ser uma sazonalidade. A Skew provê análises de dados para o mercado de criptomoedas e afirmou que em 2020 o crescimento do preço é interessante uma vez que nos aproximamos do tão falado halving.
Cabe o destaque que desde 2014, apenas o segundo trimestre de 2018 deu prejuízo aos investidores do Bitcoin. Cabe o destaque que naquele ano o Bitcoin teve a maior desvalorização de sua história, considerado o mais longo bear market até aqui.
Coincidentemente, às duas maiores valorizações do Bitcoin foram em 2017 e 2019, mostrando que nos últimos anos o período pode ser considerado uma sazonalidade positiva para o BTC. É claro que o que aconteceu no passado não necessariamente acontecerá no futuro, mas a comunidade segue atenta aos sinais.
No mercado de ações há uma estratégia que fala que as ações têm um crescimento mais forte entre novembro e abril. A estratégia de acionistas se chama “Sell in may and go away“, ou “venda em maio e vá embora“.
Com isso, vender as ações em maio e partir para outros mercados. Os investidores deveriam ficar vendidos até novembro, quando o mercado volta a reagir, e essa estratégia é mais famosa nos EUA.
Cabe o destaque que a estratégia da bolsa norte-americana não se aplica ao Bitcoin, que vê nos meses de venda de ações, um dos maiores períodos de lucro. Mesmo com a pandemia COVID19, quando os investidores das bolsas nacionais foram para casa, vendendo suas ações em massa, o Bitcoin já se recuperou, mostrando força na crise.
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