Jerome Powell, presidente do Banco Central dos EUA, afirmou nesta terça-feira (7) que o Fed está “pronto para aumentar o ritmo das altas de juros”. Como consequência, o Bitcoin perdeu 1,72% de seu valor nos minutos seguintes, chegando a ser negociado abaixo dos US$ 22.000 por um instante.
Ao atingir os US$ 21.930 em algumas corretoras, o Bitcoin atingiu seu menor nível desde 14 de fevereiro deste ano. Em outras palavras, a criptomoeda segue travando uma luta contra o banco central dos EUA.
No entanto, logo na sequência, o Bitcoin recuperou parte de suas perdas, mostrando que a região dos US$ 22.000 é um forte suporte. Outras criptomoedas também estão acompanhando essa flutuação do bitcoin.
Em preparação de discurso, apresentado no site do Federal Reserve, Jerome Powell reafirmou seu empenho em retornar os níveis de inflação dos EUA para os 2%. Na sequência, apontou que o Fed está pronto para continuar com a escalada na taxa de juros, caso for preciso.
“Se a totalidade dos dados indicasse que um aperto mais rápido é justificado, estaríamos preparados para aumentar o ritmo das altas de juros.”
Em relação ao tempo em que as taxas se manterão em níveis altos, o presidente do Fed deixou transparecer que essa política monetária restritiva pode se estender por um grande período.
O Bitcoin reagiu logo em sequência. Perdendo 1,72% de seu valor, o bitcoin atingiu seu menor nível das últimas três semanas enquanto, por um breve momento, foi negociado abaixo dos US$ 22.000.
Como visto acima, o Bitcoin recuperou suas perdas já nos minutos seguintes, mostrando uma forte rejeição pelos touros na região. No momento desta redação, o Bitcoin está sendo negociado a US$ 22.400. Quem tirou os olhos do gráfico para almoçar, talvez nem tenha percebido o flash crash.
Portanto, embora o Fed esteja pronto para tomar atitudes mais agressivas, é possível que elas não sejam tomadas. Ou seja, tudo depende dos dados de inflação analisados pelo BC americano.
Em relatório publicado na última quinta-feira (2), Mike McGlone alertou para mais queda no Bitcoin. Segundo o analista da Bloomberg, o mercado não deveria lutar contra o Fed, e isso vale para outros ativos além das criptomoedas.
Seguindo, McGlone apontou que o Bitcoin está em uma situação frágil após sua grande dispara em janeiro. Em outras palavras, agora o ativo teria espaço para cair até 20% no curto prazo.
Portanto, os dados de inflação dos EUA merecem ser acompanhados por traders que esperam lucrar com a volatilidade do mercado. Quanto ao longo prazo, a região dos US$ 25.000 ainda é o maior ponto para definir o futuro do Bitcoin.
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