Um dos maiores opositores das criptomoedas, o grande banco dos Estados Unidos, JPMorgan, abriu conta para duas corretoras de Bitcoin. As plataformas aceitas como clientes no grande banco são as primeiras a conseguir a façanha.
De fato, JPMorgan já chegou até construir a sua própria blockchain, nomeada Quorum. A medida seria uma forma de evitar o contato com as criptomoedas existentes, mas, ao mesmo tempo, testar essa nova tecnologia disruptiva.
O Wall Street Journal foi o primeiro site a informar da nova parceria do JPMorgan com as corretoras Coinbase e Gemini. A abertura das contas, para essas plataformas no primeiro momento, poderá abrir espaço para que outras entrem no banco futuramente.
O CEO do JP Morgan é um dos maiores críticos do Bitcoin. No passado críticas pesadas foram feitas por Jamie Dimon, mostrando o que a posição do banco frente as criptomoedas não era nada amistosa.
Além disso, empresas ligadas ao mercado de criptomoedas não conseguiam abrir contas no JPMorgan. O banco de fato é um dos maiores dos Estados Unidos e do mundo.
Tudo mudou nos últimos dias quando o JP Morgan passou a aceitar como clientes bancários as corretoras de Bitcoin Coinbase e Gemini. De acordo com o Wall Street Journal, essas são as primeiras clientes do setor de criptomoedas a entrar neste banco pela porta da frente.
A mudança, segundo o WSJ, poderia indicar uma aproximação de Wall Street com o Bitcoin. Uma série de desenvolvimentos positivos têm chamado atenção em relação à criptomoeda, logo a parceria, apesar de controversa, é vista com bons olhos por alguns.
As contas teriam sido abertas no mês de abril e transações já são processadas. Os principais serviços oferecidos para as corretoras seriam o gerenciamento de caixa e transações baseadas em dólares para os clientes dos Estados Unidos. Depósitos e saques, além de transferências eletrônicas, também estariam no rol de serviços.
As corretoras de Bitcoin ainda precisa um dos bancos tradicionais para continuar suas operações. Aquelas que trabalham com moedas fiduciárias e criptomoedas ao mesmo tempo, precisam de uma infraestrutura bancária no suporte.
Tanto a Coinbase quanto a Gemini permitem que seus clientes comprem moedas digitais com dólar. Por conta disso há a necessidade de dar suporte a bancos e transferências em dólar para as corretoras. Com isso a nova parceria da mais relevância ao mercado e opções aos clientes.
O WSJ destacou que o caminho que as corretoras tiveram que percorrer até a abertura da conta foi árduo. Mesmo assim, começou e tem dado certo, facilitado principalmente pela regulamentação das empresas junto ao governo dos EUA.
No Brasil, o cenário tem sido um pouco diferente na relação entre corretoras e bancos. Muitas instituições tradicionais brasileiras encerram contas bancárias das corretoras, por vezes, unilateralmente.
Tal situação causa prejuízo aos clientes das corretoras e dificulta as transações que poderiam ser realizadas. Com a parceria das corretoras de Bitcoin dos EUA e o JPMorgan, um novo cenário pode começar a ser imaginado.
Por fim, o Bitcoin surgiu para substituir o dinheiro emitido por bancos centrais. Bancos como o JPMorgan ainda são parceiros de BCs, logo, apesar da parceria recente, deverá haver cautela entre as partes.
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