Kaspersky Lab reporta softwares de mineração maliciosos “É a maior ameaça”

Ameaça maior que Ransomware!

Uma das maiores empresas de segurança da informação do mundo, que possue um dos antívirus mais conhecidos no mercado, reportou um número crescente de softwares de mineração maliciosos afetando usuários, conhecidos também como Malware.

O ano de 2017 ficou conhecido como o ano dos Ransomware, que é um ataque hacker do qual o computador do usuário ficava travado até que o mesmo pague o resgate na criptomoeda especificada, e que se passar do prazo estipulado pode ter seus dados apagados. O mais famoso foi o Wanna Cry.

Além disso, foi reportado pelo Livecoins que havia um Malware monitorando vários endereços Bitcoin, o que gerou pânico na comunidade.

Com tudo isso em vista, a Kaspersky Lab divulgou um estudo no último dia 28 de novembro informando que a maior ameaça atual é a mineração de criptomoedas com softwares maliciosos, que teriam até o momento infectado mais de 5 milhões de usuários, sendo estes dados apenas de clientes da empresa.

O relatório da organização de segurança aponta ainda que, essa forma de ataque é maior do que os Ransonwares em 2017, mas que junto a baixa dos preços a atividade diminuiu consideravelmente, não deixando de ser algo presente.

As maiores ameaças deste modelo de ataque entretanto não foram encontradas em websites, mas sim em programas baixados pelos usuários, principalmente Botnets e softwares piratas.

O relatório citou uma ameaça detectada em Julho de 2018 pela equipe, apelidada de PowerGhost, e que após infectar computadores de empresas se espalhava pela rede corporativa de forma silenciosa. De acordo com a Kaspersky, as aplicações estariam cada vez mais sofisticadas.

Dentre os principais países que possuem problemas com essas ameaças pelo mundo, chamou a atenção que vários possuem as criptomoedas proibidas por lei, o que não impediu os hackers de estarem atacando usuários com suas aplicações.

Fonte: Relatório Kaspersky Lab

Outro fato que chamou a atenção é que, usuários dos EUA, Canadá, Suíça, Grã-Bretanha e Austrália estão entre os menos afetados pelos ataques. No estudo não há o levantamento específico do Brasil.

O relatório finaliza indicando que há uma correlação clara entre os softwares piratas e a propagação das ameaças relacionadas a mineração de criptomoedas, portanto o momento do download de uma aplicação é onde ocorre a principal brecha utilizada por hackers.

O cenário de segurança envolvendo tais acontecimentos já chegou até a comunidade da Monero, que é um dos principais criptoativos envolvidos com estes problemas, principalmente relacionados a websites, de forma que soluções já estão sendo analisadas para conter a onda de mineração descontrolada e cybercrimes.

Em um Meetup recente sobre segurança em blockchain no Brasil, um outro detalhe levantado foi a questão da programação de Smart Contracts, que podem expor a hackers os valores envolvidos nos contratos se foram mal escritos, sendo esta outra modalidade de ataques com criptomoedas.

Na era das pessoas se tornando os próprios bancos, uma das responsabilidades é a de tomar cuidado com a segurança e com as atividades pela web, para evitar problemas como os relacionados acima.

No cenário de mineração de criptomoedas em geral, as empresas continuam buscando uma maior eficiência no mercado.

O mundo das criptomoedas é muito promissor, e a blockchain é uma grande revolução acontecendo no momento, mas que como todos mercados possuem problemas com a malícia do ser humano.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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