Conor Grogan, diretor da Coinbase, realizou um estudo sobre quantos ethers (ETH) estão inacessíveis, ou seja, perdidos para sempre. Até então, o executivo descobriu mais de R$ 6 bilhões (636.000 ETH) extraviados devido a erros de digitação e bugs.
Conforme hoje o Ethereum possui uma oferta circulante de 122,3 milhões de ETH, isso significa que o montante perdido é equivalente a 0,52% deste total. Obviamente o estudo não considerou a perda de chaves privadas, por exemplo, o que aumentaria ainda mais esses valores.
Como exemplo, um endereço possui 250.000 ETH parados em sua carteira desde o lançamento do Ethereum, em 2015. Com a quantia valendo R$ 2,4 bilhões atualmente, muitos acreditam que seu dono tenha perdido o acesso a ela. No entanto, como ninguém pode provar isso, a soma não é incluída em estudos como este.
Dos R$ 6 bilhões em Ethereum perdidos para sempre, Conor Grogan afirma que quase R$ 5 bilhões estão relacionados a um bug de uma carteira, a Parity. O evento ocorreu em 2017 e afetou 178 usuários.
Já outros 2.638 investidores teriam cometido erros de digitação, contribuindo para mais R$ 121 milhões nesta conta.
Detalhando as perdas, Conor também cita alguns casos bizarros. Um deles envolve a falida corretora QuadrigaCX, uma das mais polêmicas dos últimos anos.
“Para ser claro, esse número de mais de US$ 1,1 bilhão (R$ 6 bi) é significativamente inferior ao valor real de ETH perdido/inacessível — ele cobre apenas os casos em que o Ethereum está bloqueado para sempre.”
Por fim, muitos acreditam que essas perdas sejam benéficas para o preço do Ethereum. Afinal, estes ethers fora do mercado significam menos pressão de venda e aumentam a escassez da moeda. No entanto, isso também pode afastar outros players que temam que o mesmo aconteça com seus fundos.
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