“Pirâmide” e “sem valor”, Bitcoin recebe ataques em Davos

Curiosamente, a única “âncora de segurança” das moedas fiduciárias são a honestidade e inteligência de políticos. Não é à toa que o Bitcoin ganhou tanta popularidade nos últimos anos e até mesmo o filho de Lagarde investe em criptomoedas.

Realizado em Davos, na Suíça, o Fórum Econômico Mundial está reunindo diversos líderes para debater assuntos como inflação, questões ambientais e outros. Em segundo plano, o Bitcoin já recebeu diversas criticas, chamado até mesmo de pirâmide financeira digital.

Além de líderes políticos, até mesmo um repórter mostrou-se contra a maior criptomoeda do mercado. Na oportunidade, Tom Keene, da Bloomberg, afirmou que ali havia “um monte de palhaços dizendo que Bitcoin é moeda”.

Entretanto, para algumas poucas pessoas presentes, como o famoso investidor Ray Dalio, o caso é extremo contrário. Ou seja, moedas fiduciárias é que são um lixo e o Bitcoin pode ser a próxima moeda dominante no mundo devido a suas características.

Remédio amargo

Curiosamente, quem chamou o Bitcoin de pirâmide financeira foi Kristalina Georgieva, diretora do Fundo Monetário Internacional. Antes disso, Georgieva afirmou que estamos à beira da maior crise desde a Segunda Guerra Mundial.

“Quando alguém promete a você um retorno de 20% em algo que não é lastreado por nenhum ativo, como normalmente chamaríamos isso? Nós a chamaríamos pirâmide,” afirmou Kristalina Georgieva do FMI. “Em outras palavras, isso é uma pirâmide na era digital.”

“Bitcoin pode ser chamado moeda, mas não é dinheiro. Um pré-requisito para algo ser chamado dinheiro é ser uma reserva estável de valor.”

Sim, esta é a mesma pessoa que assumiu que eles imprimiram dinheiro demais, sem medir as consequências. Chegando a declarar estarem trabalhando como crianças de 8 anos, todos correndo atrás da bola, sem nenhuma estratégia.

Portanto, o Bitcoin é um remédio amargo para a inflação e, obviamente, nem todos desfrutam do gosto desta pílula laranja.

“Sem valor”, Christine Lagarde ataca o Bitcoin novamente

Christine Lagarde, envolvida em caso de desvio de verba quando trabalhava no FMI, voltou a atacar o Bitcoin em Davos. Seu discurso é o mesmo de sempre: “criptomoedas não são moedas”.

“Devemos chamar os bois pelos nomes,” iniciou Christine Lagarde. “Um ativo é um ativo, deve ser regulado como tal, deve ser supervisionado pelos reguladores e supervisores de ativos, mas não deve alegar ser uma moeda. Não é.”

“Minha avaliação é que não vale nada, não se baseia em nada — não há ativo subjacente para atuar como âncora de segurança.”

Curiosamente, a única “âncora de segurança” das moedas fiduciárias são a honestidade e inteligência de políticos. Não é à toa que o Bitcoin ganhou tanta popularidade nos últimos anos e até mesmo o filho de Lagarde investe em criptomoedas.

“Não são confiáveis”, diz governador do Banco Central da França

Para François Villeroy de Galhau, governador do Banco Central da França, as criptomoedas perderam a confiança dos seus usuários após o colapso da Terra (LUNA). Neste ponto, concordamos, a LUNA está sendo um dos maiores fiascos do mercado de criptomoedas.

“Não são moedas confiáveis, não são um meio de pagamento confiável”

“Para ser uma moeda, alguém deve ser responsável pelo valor. Ninguém é responsável pelo valor das criptomoedas,” declarou François Villeroy de Galhau. E devem ser aceitas universalmente como meio de troca — não são.”

O problema da visão de Galhau é não saber distinguir uma criptomoeda de outra. No caso da Terra, por exemplo, havia um diretor por trás do projeto (o que não garantiu o sucesso da moeda, pelo contrário), já o Bitcoin não possui líder(es).

Quanto ao valor, moedas fiduciárias só possuem algum devido à obrigatoriedade de seu uso. Contudo, seus usuários pagam um preço caro quando estes mesmos líderes imprimem montantes quase infinitos de moedas — agindo como crianças de 8 anos, como diria Georgieva — fazendo as mesmas perderem seu poder de compra.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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