Chicago Mercantile Exchange (CME) é a maior bolsa de derivativos do mundo. Dentre seus produtos estão os contratos futuros e opções de petróleo, soja, milho, S&P, moedas, ouro, juros, entre outros.
Quanto ao volume financeiro negociado, ultrapassa os US $ 40 trilhões mensais. O grupo é listado na Nasdaq (CME US), com receita de quase US$ 5 bilhões em 2019 e lucro de US$ 2,1 bilhões. Ah! Pra completar, possuem 27% da empresa Dow Jones Indices.
Antes que você pense besteira, ou sonhe, na CME não há Bitcoins de verdade circulando. O contrato é de liquidação financeira, ou seja, a cada dia o perdedor paga ao ganhador. Se a cotação subir, quem estava vendido tem parte de sua margem transferida ao comprador.
Primeiramente, seu volume médio em Bitcoin tem ultrapassado os US$ 8 bilhões por mês. Enquanto isso, o número de clientes com posições relevantes tem crescido a cada trimestre, se aproximando dos 100. Ou seja, é um mercado que está crescendo e ganhando relevância na CME.
O Diretor Global de Produtos Tim McCourt deu uma entrevista recente no youtube, na qual inclusive criticou a análise de “gap (buraco) da CME”. Na visão de Tim, o fato do mercado da CME fechar para negociação no sábado causa eventuais diferenças na reabertura ao domingo. Ou seja, como o Bitcoin é volátil, eventualmente esses gaps (buracos) vão ser fechados, mas é pura sorte.
Outro ponto que Tim McCourt levantou foi o nascimento de novos fundos de investimento exclusivos de criptos, facilitadores de estratégias com futuros e opções, ou até mesmo de arbitradores. Embora não sejam considerados investidores institucionais nos demais mercados, por conta do seu tamanho, são importantes no mercado de Bitcoin em volume.
Embora o valor de mercado dos contratos em aberto da Binance e OKEx ainda lideram, a CME já ultrapassou a Huobi e Bitmex. Vale lembrar que a CME não pode oferecer o futuro perpétuo, também conhecido como swap inverso. Este é o contrato ajustado a cada 8 horas, sem vencimento.
Deste modo, é possível afirmar que hoje, a CME divide com Coinbase, Bitstamp, Binance e OKEx a função de precificação de curto-prazo. Se você acompanha este mercado há mais de 1 ano, lembra que até o final de 2019 a Bitmex tinha 50% do volume. Por este motivo, era a exchange mais importante. Além de ter perdido o posto, deixou o mercado mais equilibrado, e saudável, entre os concorrentes citados.
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