A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu um homem acusado de aplicar um golpe de R$ 100 milhões com Bitcoin no Brasil. Como o Bitcoin é uma nova tecnologia e muitas pessoas ainda não conhecem os detalhes e funcionamento do ativo, assim, golpistas surgem com frequência neste mercado para atacar vítimas desatentas.
Entre os golpes mais comuns, a prática de pirâmide financeira é a que se destaca, visto que consegue captar muito dinheiro em pouco tempo. Essa prática é considerada crime no Brasil, assim como a prática de estelionato.
PRF prende homem foragido da justiça que deu golpe com Bitcoin
A Polícia Rodoviária Federal fez uma busca na noite da última quinta-feira (20) em um ônibus pela BR 163, próximo de Santarém, no Estado do Pará.
O veículo de viagem trafegava sentido Santarém para Belém, capital do estado, quando foi abordado para uma fiscalização. Ao checar a documentação dos passageiros, os policiais identificaram um suspeito, com mandado de prisão em aberto.
O mandado foi expedido pela Central de Inquéritos de Manaus (Amazonas), mas não havia sido cumprido ainda. Na apuração da PRF, foi detectado que o homem era acusado de compor uma organização criminosa que enganava pessoas que desejavam investir em Bitcoin.
O golpe do suspeito da prática de estelionato com a imagem do Bitcoin foi aplicado em cerca de 100 pessoas, mas acabou gerando um lucro entre R$ 50 e R$ 100 milhões, segundo a PRF.
Dessa forma, foi dado voz de prisão para ele, que acabou encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Santarém.
“Diante dos fatos, foi dada voz de prisão, e o acusado foi encaminhado à delegacia de Polícia Civil de Santarém (PA) para serem realizados os procedimentos previstos no Código de Processo Penal.”
PRF pode ter prendido líder foragido que era alvo da Operação “Blockchain Fake”
No novo caso feito no Pará na última semana, não está claro ainda qual era a empresa que o suspeito fazia parte. De qualquer forma, em Manaus, a Operação Blockchain Fake deflagrada em novembro de 2021 acabou com um golpe que movimentou R$ 100 milhões de investidores lesados.
Com promessas de 10% ao mês com Bitcoin, os líderes desse golpe que não teve o nome divulgado captavam dinheiro dos clientes e depois compravam carros de luxo para eles, fato que despertou a atenção das autoridades que encerram o esquema.
Essa não é a primeira vez que a PRF lida com algum problema envolvendo a imagem do Bitcoin pelas rodovias brasileiras.
Em outubro de 2021, por exemplo, a PRF apreendeu 25 equipamentos de minerar Bitcoin no Rio de Janeiro, que não tinham nota e acabaram sendo considerados descaminho.
Vale lembrar que a PRF também apoiou uma operação contra um grande esquema de corrupção no Detran-BA, que teve como parte da lavagem de dinheiro o uso das criptomoedas.