O jogador de futebol Wanderson de Jesus Martins, lateral-esquerdo do Goiás Esporte Clube, tomou um calote de R$ 200 mil da BWA Brasil. A empresa, com sede em Santos (SP), é suspeita de aplicar um golpe com criptomoedas.
O atleta – mais conhecido como Caju – está na lista de credores da BWA Brasil, que recentemente teve o pedido de recuperação judicial aprovado pela Justiça de São Paulo.
Além do jogador, que já passou pelo Santos Futebol Clube e pelo clube S.C Braga, de Portugal, outras 1.900 pessoas têm dinheiro preso na empresa.
De acordo com a lista de credores, a dívida da BWA Brasil com os investidores soma R$ 295 milhões.
Jogador de futebol que tomou calote começou no juvenil do Santos
A reportagem do Livecoins não conseguiu localizar o jogador Caju para comentar o caso. A assessoria de imprensa do Goiás não atende ao telefone.
De acordo com o Santos Futebol Clube, Caju nasceu em Irecê, município baiano localizado a cerca de 400 quilômetros da capital Salvador. Ele começou a carreira na equipe juvenil do clube paulista.
Em 2014, ele estreou na equipe principal do Santos. Em seguida, o atleta jogou pelo S.C Braga, clube de Portugal.
Histórico da empresa que deu calote no jogador de futebol
A BWA Brasil foi fundada em junho de 2017 pelo empresário Paulo Bilibio, que ficou conhecido no Brasil em novembro de 2018, mês em que foi sequestrado por policiais civis.
A empresa prometia supostos rendimentos fixos em cima de aportes financeiros, assim como fazia outros supostos negócios fraudulentos, a exemplo da Genbit e da Unick Forex.
Desde o final do ano passado, no entanto, nenhum investidor consegue mais fazer saques. Por causa disso, centenas de pessoas entraram na Justiça. Só em São Paulo há 170 processos.
Em maio, a Justiça determinou o bloqueio de bens registrados em nomes dos sócios do negócio. A decisão foi proferida dentro de dois processos movidos por investidores.
No começo deste mês, a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central Cível de São Paulo acatou o pedido de recuperação judicial feito pelo negócio.
Com o “aval” da Justiça, a BWA se tornou a segunda empresa de criptomoedas do Brasil a conseguir autorização para iniciar a recuperação judicial. A primeira foi o Grupo Bitcoin Banco, de Curitiba (PR), que deve milhões a 6,5 mil investidores.