Na última semana o mundo parou para acompanhar uma imensa explosão na cidade de Beirute, capital do Líbano. A cidade que ficou arrasada, está sob estado de emergência, mas as doações em Bitcoin enviadas ao Líbano são um pouco mais complicadas, segundo analista.
Atravessando há vários meses uma situação de calamidade pública, o Líbano tem uma moeda fraca. Alguns funcionários do Banco Central do Líbano são acusados de corrupção, com protestos em massa pela população nos últimos meses. Tais protestos foram recebidos pelo governo como uma ameaça e pessoas foram mortas em ações contra os bancos.
Após a explosão ocorrida na última terça (vídeo abaixo), a situação do país ficou ainda mais delicada. Com falta de energia em regiões da capital, a população novamente tem ido para as ruas conduzindo protestos contra o governo, que tem reagido com força policial.
Interessados em enviar Bitcoin como doações ao Líbano detectam situação complicada
No Líbano, a população que já passava por dificuldades, uma vez que a moeda local está altamente desvalorizada, encontra um novo cenário. De acordo com o G1, está marcado um grande protesto contra o governo local para o próximo sábado (8), que reunirá pessoas na capital. Na última quinta (6), um protesto no entorno do parlamento foi reprimido com força policial.
Com uma grave situação detectada no Líbano, a comunidade Bitcoin tenta encontrar maneiras de intervir para amenizar o caos. Isso porque, na última terça-feira, uma explosão na região do principal porto do Líbano, na capital Beirute, arrasou a maior cidade do país.
O Bitcoin é uma moeda digital que funciona de qualquer local do mundo, um meio de pagamento em ascensão pela internet. Além disso, é uma maneira rápida e fácil de transferir recursos para populações em situação vulnerável, com a comunidade atenta nesses casos.
Contudo, o governo do Líbano proíbe negociações com Bitcoin no país, sendo uma prática que pode até levar a prisão. Ou seja, caso a comunidade mundial envie Bitcoin para salvar uma família em risco, pode prejudicar essa, caso seja detectada a transação pelo governo.
Cabe o destaque que, alternativas podem ser feitas pela população, como destacou Thomssmn pelo Twitter. O entusiasta da moeda digital criou um manual para que a população do Líbano encontre maneiras de receber doações com Bitcoin sem correr o risco de serem presos.
Homem pediu ajuda até de Nassim Taleb para ajudar a divulgar causa
Com o Bitcoin, doações podem ser enviadas de qualquer lugar, em minutos e com taxas relativamente baratas, ajudando neste momento de crise a população libanesa. Dessa forma, Thomssmn criou uma comunidade no Telegram para apoiar os libaneses, não apenas com dinheiro, mas com estudo sobre a tecnologia Bitcoin.
Para dar visibilidade a essa causa, o homem pediu ajuda até do famoso autor Nassim Taleb. Nascido no Líbano, Taleb é entusiasta do Bitcoin e trader da moeda digital, mas fez sua fama no mercado de opções em bolsas de valores, além de livros expressivos, como o Cisne Negro. Pelo Twitter, Nassim Taleb segue o perfil Bitcoin du Liban, que comanda a causa atualmente.
Por fim, a população do Líbano está em situação vulnerável, podendo o Bitcoin levar alívio financeiro. O governo aponta dificuldades na logística e um prejuízo estimado entre U$ 3 e U$ 5 bilhões com essa explosão. A contabilidade dos mortos já supera 150 pessoas, com mais que 5 mil feridos em Beirute.
Cabe o destaque que a comunidade Bitcoin já ajudou com doações a Cruz Vermelha na Europa, para o combate ao novo coronavírus (COVID-19). Além disso, favelas no Brasil já receberam ajuda de uma corretora de Bitcoin, no final de 2019.
Finalmente, a Fundação dos Direitos Humanos aceita doações através da moeda digital, mostrando o potencial que essa teria no Líbano hoje.