Bilionário processa Facebook por golpes de criptomoedas em anúncios

Andrew Forrest, bilionário australiano do setor de mineração de ouro, está processando o Facebook. Segundo as acusações, terceiros estariam usando a sua imagem para promover golpes com criptomoedas e a rede social de Mark Zuckerberg não estaria agindo contra isso de forma eficiente.

O processo foi lançado ainda em 2022, mas o Facebook se declarou inocente de todas as acusações. Na última segunda-feira (2), os advogados da defesa pediram por mais documentos que os auxiliem no caso. Os advogados de Forrest apontaram que eles não possuem relevância ao caso.

Enquanto o caso se estende nos tribunais, os golpes continuam no Facebook e outras redes sociais, que ainda não encontraram uma maneira de barrar golpistas de suas plataformas.

Facebook e as criptomoedas

O Facebook possui uma história de amor e ódio com as criptomoedas. Ainda em 2018, durante a era das ICOs, a empresa de Mark Zuckerberg chegou a proibir todos os anúncios relacionados a criptomoedas de sua plataforma.

No mesmo ano, a rede social liberou alguns anúncios pré-aprovados. No ano seguinte, em 2018, voltou a aceitar anúncios de criptomoedas de forma mais ampla.

Completando sua história, o Facebook também tentou lançar a sua própria criptomoeda, que recebeu dois nomes: Libra e, mais tarde, Diem. Enfrentando grande resistência política, o projeto foi abandonado. O mesmo aconteceu com sua carteira de criptomoedas, a Novi.

Facebook enfrenta processo por golpes em anúncios

Antes mesmo da chegada dos golpes com deepfakes e inteligência artificial, o Facebook já se encontrava em uma posição delicada em relação aos anúncios exibidos na plataforma.

Segundo o bilionário Andrew Forrest, golpistas estavam usando sua imagem para promover golpes com criptomoedas ainda em 2019. O processo foi lançado em 2022.

Andrew Forrest (Imagem: World Economic Forum / Flickr)
Andrew Forrest (Imagem: World Economic Forum / Flickr)

“Isso fará com que (o Facebook) reflita sobre a maneira como administram sua plataforma”, disse um advogado do bilionário na época.

O Facebook declarou-se inocente das acusações. Seus advogados apontaram para os termos da plataforma, que não garantem que a rede social sempre será segura ou livre de erros.

Em sua mais recente cartada, nesta segunda-feira (2), a defesa pede para que conversas privadas dos advogados de Forrest sejam apresentados nos tribunais. Outros documentos também foram requisitados.

Rachael Young, advogada de Forrest, alegou que “os documentos solicitados não têm finalidade forense legítima e não têm relevância para o caso”, notando não haver indícios de que esses documentos sirvam de algo para a defesa.

Enquanto o caso se estende, o Facebook continua exibindo golpes que até mesmo pessoas leigas conseguem identificar. No exemplo abaixo, golpistas usam a imagem do também bilionário Elon Musk para apresentar uma “oportunidade única de ganhar uma quantia significativa de dinheiro”.

Golpe usando a imagem de Elon Musk em anúncio no Facebook. Fonte: Reprodução.
Golpe usando a imagem de Elon Musk em anúncio no Facebook. Fonte: Reprodução.

O vídeo em questão já conta com mais de 5 mil visualizações, refletindo o problema da falta de controle pelo Facebook.

De qualquer forma, o Facebook não está sozinho nessa. No YouTube, uma live falsa de Elon Musk já roubou R$ 700.000 em bitcoin em 2020. Mais recentemente, o TikTok também foi invadido por golpes semelhantes, mas mais elaborados e perigosos.

Até mesmo o bilionário Mark Cuban foi vítima disso. No mês passado, o investidor americano perdeu R$ 4 milhões ao baixar uma carteira falsa de criptomoedas encontrada em um anúncio no Google.

Por fim, enquanto grande redes sociais não resolvem seus problemas com anúncios, cabe aos próprios investidores estarem atentos a estes golpes.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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