Negociado a US$ 28.400, o Bitcoin está prestes a fechar o mês de março com uma valorização de 22,6%. Somado a alta de 40,2% de janeiro e o mês morno de fevereiro, a maior criptomoeda do mercado encerra o trimestre com ganhos de 72%.
No entanto, como em todo rali, essa subida também teve seus pontos baixos. O maior exemplo foi quando o Bitcoin despencou dos US$ 25.000 para os US$ 20.000 em poucos dias.
Em outras palavras, quem aproveitou a queda para realizar mais aportes conseguiu retornos ainda maiores durante o mês de março, chegando a 43% entre o fundo e a cotação atual.
O que não mata o Bitcoin, o fortalece
O principal assunto do ano continua sendo a repressão americana sobre as criptomoedas. Além do fechamento de três bancos — Silvergate, Signature e SVB — que atendiam empresas de criptomoedas, agências como SEC, CFTC e Casa Branca continuam massacrando as criptomoedas.
No entanto, muitos players importantes da indústria afirmam que essa estratégia dos EUA atropela as suas próprias leis. Ou seja, esse banimento, por assim dizer, está sendo feito por baixo dos panos.
A medida está sendo chamada de “Operação Choke Point 2.0”, uma referência a uma operação do governo americano de 2013 que buscava sufocar indústrias de tabaco, munição e outras.
Apesar da tentativa, desta vez o tiro saiu pela culatra. Afinal, a quebradeira dos bancos se estendeu a outros países, dando ainda mais motivos para as pessoas se exporem ao Bitcoin.
Por fim, é claro que o processo da CFTC sobre a Binance preocupa o mercado, afinal ela é a maior corretora do mundo. Portanto, alguns eventos como este merecem ser acompanhados com atenção.
Outras criptomoedas pegaram carona na alta do Bitcoin
Enquanto isso, outras criptomoedas aproveitaram a escalada do Bitcoin, mas poucas o superaram. Negociado a US$ 1.830, Ethereum fecha o trimestre com alta de 53% em relação ao dólar.
Ripple (XRP), chega a valorização de 56,7% nos últimos três meses. Binance Coin (BNB), um pouco mais afetada pelo processo sobre a Binance, apresenta ganhos de 28,6%, mas mantém-se acima dos US$ 300.
Longe destas altas, a stablecoin TrueUSD (TUSD) ganhou bastante espaço no mercado após as crises da USD Coin (USDC) e da Binance USD (BUSD). Antes com US$ 755 milhões em valor de mercado, agora a TUSD já está acima dos US$ 2 bilhões.
Por fim, Solana (SOL) foi uma das únicas que superou os ganhos do Bitcoin. Valorizando 110% entre janeiro e março, a criptomoeda conhecida tanto por sua agilidade quanto seus travamentos, volta para a lista das 10 maiores do mercado.
O que esperar para o mercado de criptomoedas no segundo trimestre de 2023?
Analistas acreditam que o Bitcoin ainda tem espaço para subir mais 12% e tocar os US$ 32.000. Ou seja, touros devem testar essa resistência, mas é difícil acreditar que ela seja rompida de imediato.
Portanto, podemos esperar um trimestre mais tranquilo, com as maiores oportunidades estando nas quedas, onde novos aportes podem apresentar oportunidades de ganhos maiores.
Fora isso, a indústria de criptomoedas deve continuar brigando com agências regulatórias americanas. Como exemplo, nesta semana a Coinbase argumentou que os EUA podem perder milhares de desenvolvedores para outros países caso continuem perseguindo o setor.
Contudo, o maior interesse do mercado ainda está na sonhada aprovação de um ETF de Bitcoin à vista. Afinal, isso pode gerar uma pressão compradora sem precedentes, fazendo o preço do BTC disparar de verdade.