Casal que perdeu R$ 45 mil em corretora pendura faixa na sede da empresa

"Genbit, devolve meu dinheiro", diz faixa

A GenBit, corretora de criptomoedas do Grupo Tree Part (Gensa Serviços Digitais), não paga seus investidores desde o final o final de agosto.

Cansados da demora e da enrolação da empresa, o contador Rodrigo Orlando, 41, e sua esposa, resolveram levar uma faixa na sede do grupo, em Campinas (SP). Nela, está escrito “GenBit, devolva meu dinheiro”.

“Estamos há sete meses sem receber nada. O que a GenBit está fazendo com a gente é uma sacanagem”, disse à reportagem do Livecoins.

Orlando investiu R$ 27,5 mil na plataforma, com a promessa de receber lucros fixos de até 15% ao mês. Já sua esposa depositou R$ 18 mil.

Casal conheceu a empresa por meio de membro da Congregação Cristã

Orlando disse que conheceu a GenBit em abril do ano passado, em uma reunião no Hotel Tauá, no município de Atibaia (SP). Ele nunca pegou um centavo do que investiu; sua esposa conseguiu recuperar cerca de R$ 5 mil.

“Somos da Congregação Cristã no Brasil e conhecemos o negócio por meio de um membro da igreja”, falou Orlando.

Alguns anciães da Congregação trabalhavam como líderes e embaixadores da GenBit, atraindo fiéis para investir no negócio. Um deles inclusive publicou vídeo dentro de um avião adquirido com recursos de investidores.

Um advogado está tentando “varrer” de dentro da igreja os líderes da empresa. Segundo ele, muitos fiéis até hoje não entraram com processos porque são ensinados que apenas Deus é responsável por fazer Justiça.

Casal registrou BO contra a GenBit

Além da faixa, Orlando e sua esposa registraram um boletim de ocorrência contra a GenBit no 2º Distrito Policial de Campinas. A Polícia Civil da cidade investiga o grupo desde janeiro.

O casal, na Justiça, é representado pela advogada Daniela Cristiane Panzonatto Constant, da Panzonatto Advogados.

“Defendo, no total, 32 investidores com dinheiro na Genbit. Juntos, eles têm mais de R$ 1 milhão na empresa. Em breve vou entrar com outras ações de novos clientes que já vieram me procurar”.

Daniela disse à reportagem que tentou fazer um acordo com a empresa de Nivaldo Gonzaga – que pediu perdão aos investidores no ano passado – mas não teve sucesso.

“A empresa afirma que já pagou boa parte dos clientes com o Treep Token (TPK), mas essa criptomoeda não tem valor de mercado”.

Vale relembrar que com o TPK, que só pode ser negociado dentro da GenBit, é possível comprar apenas sushis, remédios, pizzas e roupas com desconto de até 30%.

Qual a situação da GenBit?

A GenBit responde a mais de 400 processos judiciais só na Justiça de São Paulo. São ações de pessoas que venderam casas e até fizeram empréstimos para investir no negócio, que até o ano passado prometia rendimentos fixos de 15% ao mês por meio da Zero10 Club.

O grupo também foi alvo de uma ação civil pública do Ministério Público de São Paulo, que pediu o fechamento do negócio e o bloqueio de R$ 1 bilhão. A Justiça, em resposta ao processo, manteve o conglomerado aberto, mas determinou o bloqueio de R$ 800 milhões.

Mesmo no meio desse turbilhão jurídico, a empresa tenta fomentar o uso de seu token sem valor.

Histórico da Genbit

Genbit começa atrasar pagamentos

Genbit começa ser processada na justiça

Ministério Publico entra com ação contra Genbit, ação de 1 Bi

Polícia Civil investiga Genbit

Genbit diz onde está dinheiro dos clientes

Genbit quer pagar clientes com Sushi

Ex-ancião de igreja promoveu Genbit

Advogado quer varrer da Igreja líderes da Genbit

GenBit diz que sua criptomoeda é igual BAT e Tether

Justiça tenta bloquear 800 milhões da Genbit mas só encontra R$ 1.800

$100 de bônus de boas vindas. Crie sua conta na melhor corretora de criptomoedas do mercado ganhe até 100 USDT em cashback. Cadastre-se

Siga o Livecoins no Google News.

Curta no Facebook, TwitterInstagram.

Entre no nosso grupo exclusivo do WhatsApp | Siga também no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube.

Lucas Gabriel Marins
Lucas Gabriel Marins
Jornalista desde 2010. Escreve para Livecoins e UOL. Já foi repórter da Gazeta do Povo e da Agência Estadual de Notícias (AEN).

Últimas notícias

Últimas notícias