Corretora desocupa prédio em Campinas; empresa gastava R$ 100 mil por mês de aluguel

Empresa gastava cerca de R$ 100 mil por mês com aluguel de salas

A GenBit e as outras empresas do Grupo Tree Part não ocupam mais as salas comerciais de dois andares do edifício BSA, no Alphaville Empresarial Campinas, em São Paulo.

O local, que funcionava como sede do conglomerado, está disponível para locação, conforme placa disponibilizada em frente do imóvel, na Rua Umbú, número 68, em Campinas.

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Um antigo investidor esteve na sede da empresa nesta semana e afirmou à reportagem que os funcionários foram embora. Lá, falou, há apenas um porteiro. Ele pediu para não ter o nome revelado.

O Livecoins também ligou para o proprietário do imóvel, Rafael Alcantara, e perguntou se o Grupo Tree Part realmente havia saído do local. Alcantara falou que não iria colaborar com a reportagem.

Grupo gastava cerca de R$ 100 mil por mês com aluguel

O Grupo Tree Part, segundo apresentação comercial de locação do edifício BSA, a qual a reportagem teve acesso, ocupava salas comerciais no primeiro e no segundo andar, além do subsolo, onde a empresa guardava materiais para divulgação.

Só no primeiro andar, o conglomerado tinha recepção com acomodação para 10 pessoas, uma sala de reunião para seis convidados, quatro salas executivas e quatro estações de trabalho para quatro funcionários, além de três banheiros.

Conforme apurou a reportagem, a empresa pagava cerca de R$ 100 mil por mês para ocupar as salas. Ao longo de 2019, portanto, o Grupo Tree Part gastou por volta de R$ 1,2 milhão só com aluguel.

Empresa tem decoração luxuosa

Apesar de a empresa ter tirado a operação e os funcionários da sede, toda a mobília foi deixada para trás. Pelas fotos, é possível ver que a decoração é bem luxuosa.

Segundo o investidor que esteve na empresa, o vaso sanitário da sala presidencial, até então ocupada pelo dono do grupo, Nivaldo Gonzaga, era elétrico (a reportagem não conseguiu confirmar essa informação).

Confira mais fotos da sede da empresa:

Confira o vaso sanitário da sala de Gonzaga:

Qual a situação da GenBit?

O Grupo Tree Part (Gensa Serviços Digitais), que controla a GenBit, responde a quase 450 processos judiciais em São Paulo. São ações de pessoas que investiram no negócio – que prometia rendimentos fixos de 15% ao mês por meio da Zero10 Club -, mas não conseguem reaver o dinheiro.

O grupo foi alvo de uma ação civil pública do Ministério Público de São Paulo, que pediu o fechamento do negócio e o bloqueio de R$ 1 bilhão. A Justiça, em resposta ao processo, manteve o conglomerado aberto, mas determinou o bloqueio de R$ 800 milhões.

Mesmo no meio desse turbilhão jurídico, a empresa tenta fomentar o uso de seu Treep Token (TPK), uma “criptomoeda” com pouco valor de mercado. Com ela, é possível apenas comprar produtos e alimentos – a exemplo de sushis ou sapatos – com desconto de até 30%.

Confira o histórico da GenBit:

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Lucas Gabriel Marins
Lucas Gabriel Marins
Jornalista desde 2010. Escreve para Livecoins e UOL. Já foi repórter da Gazeta do Povo e da Agência Estadual de Notícias (AEN).
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