Temos que acreditar no TPK assim como o pai do Zezé Di Camargo e do Luciano acreditou na dupla, diz “porta-voz” da GenBit

De acordo com Pradella, a história de Zezé di Camargo e Luciano tem tudo a ver com o TPK. Isso porque, segundo ele, o pai da dupla - seu Francisco Camargo, 82 - teve que acreditar nos filhos e trabalhar muito para que eles alcançassem sucesso.

A exchange GenBit faz de tudo para convencer seus investidores a acreditarem no TPK (Treep Token), criptomoeda sem valor que a empresa obrigou seus clientes a receber.

Dessa vez, a história da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano foi usada para tentar incentivar os clientes da empresa – aqueles que perderam milhões e estão sem receber desde setembro – a divulgarem a moeda digital.

Quem relacionou a história dos cantores ao token, que no exterior ganhou o nome de TreepGlobal, foi o empresário Fabio Pradella. Ele tem feito a intermediação entre a GenBit e os investidores em um grupo no Telegram, atuando quase como um “porta-voz” informal da empresa.

Em nota enviada anteriormente ao Livecoins, ele disse que não tem relação com a GenBit e incentiva o TPK de forma “voluntária”.

Presidente da GenBit, Nivaldo Gonzaga, e o empresário voluntário Fabio Pradella. Reprodução/YouTube

O que Zezé de Camargo e Luciano tem a ver com o TPK?

De acordo com Pradella, a história de Zezé di Camargo e Luciano tem tudo a ver com o TPK. Isso porque, segundo ele, o pai da dupla – seu Francisco Camargo, 82 – teve que acreditar nos filhos e trabalhar muito para que eles alcançassem sucesso.

Para incentivar a carreira da dupla, por exemplo, seu Camargo comprava cerca de 500 fichas de telefone toda semana e pedia para os peões de Pinenópolis (GO) ligarem na rádio para pedir a música “É o amor”. O episódio foi retratado no filme Dois Filhos de Francisco.

Cartaz do filme “2 filhos de Fransico”. Imagem/Wikipedia

“Quem dera tivéssemos pessoas que nos incentivassem, encorajassem e acreditassem tanto em nós como fez o pai de Zezé Di Camargo e do Luciano”, disse Pradella, em um áudio divulgado no grupo TreepToken (Global Treep), no Telegram.

Pradella, que também afirma ser investidor da GenBit, foi ainda mais longe e disse que os investidores deveriam tratar o TPK como filho.

“Vocês, junto comigo, podem ser o pai desse token. A gente vai fomentar, divulgar e incentivar até que ele pegue corpo. Ou fazemos isso ou ele vai ficar conhecido por apenas algumas pessoas, com mísero valor. Mas ele pode se tornar muito valioso, e depende de você e de mim fazer essa fomentação”, disse.

Veja vídeo em que presidente da GenBit fala sobre o apoio voluntário de Pradella

Francisco Camargo não pegou dinheiro dos outros para divulgar filhos

O que Pradella não mencionou no áudio é que o pai da dupla sertaneja conseguiu transformar os filhos em sucesso nacional graças a esforço próprio e trabalho duro. Seu Francisco não “construiu” a dupla Zezé Di Camargo e Luciano com recursos de terceiros.

A GenBit, pelo contrário, criou sua criptomoeda com dinheiro captado de forma ilegal de centenas de investidores. Essas pessoas investiram na empresa porque acreditaram nas promessas de supostos lucros de 15% ao mês feitas por meio da antiga Zero10 Club.

É esse passado – que a GenBit e seus líderes tentam encobrir – que transformou a empresa em alvo de investigações da Polícia Civil de Campinas (SP) e do MPSP (Ministério Público de São Paulo) e gerou uma enxurrada de processos judiciais.

Confira o histórico da GenBit:

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Lucas Gabriel Marins
Lucas Gabriel Marins
Jornalista desde 2010. Escreve para Livecoins e UOL. Já foi repórter da Gazeta do Povo e da Agência Estadual de Notícias (AEN).

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