Uma empresa de informática que prestava serviços para a GenBit – exchange suspeita de ser uma pirâmide financeira – entrou com uma ação na Justiça de São Paulo pedindo a falência da corretora de criptomoedas.
De acordo com a petição inicial do caso, à qual a reportagem do Livecoins teve acesso, a empresa fez o pedido porque teria tomado um calote de R$ 172 mil da exchange, administrada pelo “empresário” Nivaldo Gonzaga.
O processo foi protocolado na 3ª Vara Civil do Foro de Campinas (SP) no dia 12 de março. O valor da causa, com correção monetária, juros, custas processuais e honorários, é de quase R$ 200 mil.
GenBit não honrou com nenhuma duplicata
A prestadora de serviços de informática, segundo o processo, emitiu cinco duplicatas em nome da GenBit, que deveriam ser pagas entre os meses de dezembro e janeiro.
A exchange, no entanto, não honrou com as dívidas, assim como fez com os cerca de 45 mil investidores que acreditaram nas promessas irreais da antiga Zero10 Club.
Na ação, a empresa de informática disse que, devido a impontualidade da GenBit, não viu outra alternativa senão entrar com a ação de falência. O pedido foi feito com base na Lei nº 11.101/05, que regula questões referentes a processos de recuperação judicial e falência.
“A AUTORA envidou todos os esforços necessários para a solucionar a questão de forma pacífica sem, contudo, obter êxito, não lhe restando outra alternativa que não requerer a decretação da FALÊNCIA da RÉ, porquanto plenamente caracterizada a hipótese prevista no artigo 94, inciso I, da Lei nº 11.101/05”.
Histórico da GenBit
O Grupo Tree Part (Gensa Serviços Digitais), do qual a exchange GenBit faz parte, não paga seus investidores desde setembro. Por causa disso, o conglomerado responde a quase 500 processos judiciais só em São Paulo.
São ações movidas por pessoas que investiram no negócio porque acreditaram nas promessas de lucros de até 15% ao mês feitas por meio da antiga Zero10 Club.
Além de responder aos processos dos investidores, o Grupo Tree Part também é alvo de investigações da Polícia Civil de Campinas (SP) e do MPSP (Ministério Público de São Paulo).
Confira o histórico da GenBit:
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Genbit começa a ser processada na justiça
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Polícia Civil investiga Genbit
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