Retrospectiva de 2021 sobre Bitcoin e criptomoedas

Como foi o mercado 2021? Veja um resumo de tudo que aconteceu.

Marcado pela chegada de instituições e até mesmo um país, sem dúvidas este foi um ano marcante para o Bitcoin. Além disso, outros setores das criptomoedas também aproveitaram o momento para explodir. Esta é a retrospectiva do ano de 2021.

A entrada de instituições e indivíduos, vendo o Bitcoin como uma reserva de valor melhor que o ouro, foi um dos principais motivadores deste aquecimento. Apesar disso, cada setor tem o seu próprio mérito em atrair novos usuários e criar novas tendências.

Embora seja difícil acertar quais setores serão estarão em foco em 2022, vale notar que o metaverso ainda está em seu início. Além dele, outros setores como web 3 e DAOs também prometem agitar o mercado. O fato é que as criptomoedas cada vez mais presentes em nossas vidas.

Altas históricas no Bitcoin

Após três anos de um mercado um tanto desanimado, o Bitcoin abriu o ano de 2021 dobrando sua alta de dezembro de 2017 e ultrapassou os 40.000 dólares pela primeira vez na história.

Poucos meses depois, em meio ao IPO da Coinbase, o Bitcoin chegava aos 64 mil dólares em abril. Não durou muito para que a marca fosse superada novamente, sendo negociado acima dos 65 mil dólares em outubro. A atual alta histórica do Bitcoin foi conquistada no dia 10 de novembro, quando cada moeda alcançou US$ 69 mil no mercado.

Aproveitando o momento do Bitcoin, o Ethereum seguiu o mesmo rumo e, também rompendo altas passadas, chegou próximo aos 5 mil dólares.

NFTs, jogos P2E e metaverso

Provavelmente o setor mais crescente deste ano foi o de tokens não fungíveis, sigla NFTs. Usados para provar a titularidade de um ativo, seja digital ou físico, os NFTs provaram que podem desempenhar um papel significativo em várias áreas.

A primeira delas é a da arte, em março deste ano o artista Beeple vendeu um NFT por R$ 383 milhões. Mais tarde, várias empresas como as brasileiras Havaianas e SBT entraram na onda, o mesmo vale para times de futebol.

Estas artes com NFT ganharam tanta procura que até mesmo o rapper Snoop Dogg revelou ser um colecionador. Outros artistas foram além e começaram a vender partes de seu corpo como NFT.

Além da crescente popularidade, a mudança de nome do Facebook para Meta fez com que a palavra metaverso explodisse. Sem definição clara sobre o que é metaverso, muitos jogos com economias abertas começaram a ganhar espaço, com terrenos virtuais sendo negociados por milhões de dólares em novembro.

Além disso, empresas como Nike e Adidas também entraram de cabeça no metaverso, vendendo até mesmo tênis virtuais. O mesmo aconteceu com a estrela da NBA Stephen Curry.

Os jogos no estilo jogue para ganhar(play to earn – P2E), que também podem ser considerados metaversos, presenciaram altas surpreendentes, tanto de preço quanto adoção. O destaque fica para o Axie Infinity, cujo token AXS valorizou 11.300% neste ano.

Hiperbitcoinização

Talvez um dos eventos mais surpreendentes deste ano foi a adoção do Bitcoin por um país pela primeira vez. No dia 7 de setembro de 2021, El Salvador aprovava a Lei do Bitcoin e agora o país trabalha tanto com dólar quanto com bitcoin.

Além de seu uso no dia a dia, El Salvador também está convertendo suas reservas para Bitcoin e encerra o ano com 1.400 BTC em caixa, equivalente a R$ 412 milhões na cotação atual.

Não obstante, o país também está usando a energia de um vulcão para minerar Bitcoin, bem como está criando a Bitcoin City, uma cidade que não cobrará impostos e com a economia girando em torno do BTC.

Bilionários e suas empresas abraçaram o Bitcoin

Certamente 2021 foi o ano em que mais se falou sobre o Bitcoin. Em toda entrevista ou oportunidade, as pessoas queriam saber o que os bilionários e suas empresas achavam sobre o Bitcoin.

Tim Cook, CEO da Apple, Ray Dalio, fundador da Bridgewater Associates, Paul Tudor Jones, fundador da Tudor Group, Barry Sternlicht, CEO da Starwood Capital, e Elon Musk, CEO da Tesla e SpaceX, são alguns dos bilionários que revelaram investimentos em Bitcoin neste ano.

Além disso, também vimos a entrada de várias grandes empresas no Bitcoin. A Tesla comprou 1,5 bilhão de dólares em BTC em fevereiro, e anunciou que estava aceitando BTC como forma e pagamento, e a MicroStrategy continua comprando tudo que pode e já possui 122.478 BTC (R$ 36 bi) em caixa.

Já outras grandes empresas como a Visa, PayPal e Mercado Livre estão cada vez mais abertas as criptomoedas, mostrando sua confiança na longevidade do Bitcoin e seus descendentes. Bancos também estão querendo trabalhar com o Bitcoin, como exemplo temos o Bank of America e o Deutsche Bank.

ETF de Bitcoin nos EUA

Outra grande conquista do Bitcoin foi a aprovação do primeiro ETF de futuros de Bitcoin nos EUA. O primeiro pedido do tipo aconteceu em 2013, levando oito anos para que o governo americano mudasse sua opinião sobre o tema. Esta especulação fez o Bitcoin saltar para a casa dos 60 mil dólares.

Com isso, outros dois ETFs logo foram aceitos na sequência. Apesar disso, foi o primeiro que obteve mais sucesso como mostra o seu volume de negociações em seus primeiros dias.

A espera, agora, é que o governo americano libere ETFs de Bitcoin à vista, como já existem em outros países. Esses ETFs permitem que mais empresas tenham exposição ao BTC.

Criptomoedas memes explodiram em 2021

Mais surpreendente do que os NFTs foram as memecoins que, além de registrarem enormes ganhos com a Dogecoin (DOGE), também fizeram com que este novo setor fosse criado para distingui-las de projetos mais sérios.

Mesmo o salto de 15.982% entre janeiro e maio deste ano, muito devido à influência de Elon Musk, a DOGE viu-se em apuros quando a Shiba Inu (SHIB) tomou o seu lugar como a maior moeda meme do mercado.

Devido aos enormes ganhos destas duas, outras centenas de moedas memes nasceram. Em sua maioria estavam ligadas a cachorros, como a brasileira Vira-Lata Finance. Além destas, até mesmo a menção de Musk a uma moeda que não existia e foi rapidamente criada chamou atenção para os riscos desse mercado.

Quero meu salário em Bitcoin

Outro assunto que movimentou o Bitcoin foi o crescimento do número de pessoas que desejam receber seus salários em bitcoin. Tom Brady, astro da NFL revelou seu interesse, o mesmo acontece com a Geração Z.

Assim como eles, alguns prefeitos de cidades dos EUA também mostraram o mesmo desejo. Como exemplo temos Francis Suarez, prefeito de Miami e também Eric Adams, prefeito de Nova York.

Por conta disso, algumas empresas como a Coinbase estão criando soluções para que salários sejam convertidos automaticamente em BTC. Como exemplo desta demanda, uma distribuidora de música, a UnitedMasters, já começou a pagar seus artistas em Bitcoin.

Pressão de países, bancos centrais e FMI

Na contramão de El Salvador, a China baniu mineradores de criptomoedas de seu país em maio, até então ela era o polo da mineração de Bitcoin. Mais tarde, em setembro, a proibição foi mais rígida, focando em todos setores ligados às criptomoedas.

Apesar de ser o país mais populoso do mundo e com uma forte economia, o Bitcoin reagiu bem ao caso. Em poucos meses o Bitcoin viu seu preço reerguer-se e também o seu hash rate, ambos bateram recordes.

Atuando de forma semelhante, banco centrais de diversos países emitiram alertas em relação ao Bitcoin. Como exemplos temos o BC do Paraguai, da Rússia, da Turquia, Reino Unido e da Europa.

Além disso, outras intituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco de Compensações Internacionais (BIS) também fizeram criticas ao Bitcoin. Já o Fórum Econômico Mundial (FEM) mostrou-se mais neutro ao emitir um longo documento sobre moedas digital e cripto.

Apesar disso, os governos focaram nas stablecoins, mais usadas no dia a dia, segundo eles. Isso também está acelerando a criação de moedas digitais de bancos centrais, sigla CBDCs, em diversos países, incluindo o Brasil e com destaque para a China.

Atualização Taproot no Bitcoin

Após quatro anos desde a sua última grande atualização, o Bitcoin voltou a presenciar mudanças em seu protocolo. Chamada de Taproot, ela tem como objetivo melhorar a escalabilidade e privacidade da rede.

O Bitcoin não recebia uma atualização deste porte desde o SegWit, em 2017, e caso o Taproot tenha tanta adoção quanto a atualização anterior, será possível ver melhoras significativas na privacidade das transações que hoje são fáceis de serem rastreadas.

Além disso, as assinaturas de Schnorr, também introduzidas nesta atualização, já estavam sendo consideradas há anos. Elas melhorarão a linguagem do Bitcoin, diminuindo o tamanho de transações com múltiplas assinaturas.

Finanças Descentralizadas, DeFi

As Finanças Descentralizadas, conhecidas pela sigla DeFi, também ganhou bastante tração neste ano. Sendo cogitado como o setor de maior crescimento do criptomercado em agosto, muito graças ao yield farming, que recompensa seus usuários.

Com isso, o setor também foi alvo de muitos ataques, com menção honrosa para os R$ 3,1 bilhões do hack da Poly Network e o bug da Compound que enviou R$ 500 milhões para seus usuários por engano. Cerca de outras dezenas de projetos também tiveram problemas semelhantes.

Ao contrário do que se possa pensar, o setor de DeFi continuou vivo e forte, ganhando o interesse de chineses que, após o banimento das criptomoedas em seu país, viram muitos serviços fecharem as portas para eles.

O que esperar para 2022

Além do metaverso, ainda forte, outras duas tendências podem agitar o mercado em 2022. A primeira delas é a web 3, que pretende tornar a internet mais descentralizada. A segunda são as DAOs, Organizações Autônomas Descentralizadas.

O movimento da web 3 mal começou e já está sendo criticada por grandes nomes como Elon Musk, CEO da Tesla, e Jack Dorsey, fundador do Twitter.

Já as DAOs, Organizações Autônomas Descentralizadas, aos poucos estão ganhando forma e propósitos. Um delas tentou arrematar uma constituição dos EUA, já outra está tentando comprar a Blockbuster, uma famosa locadora falida pra transformá-la em um serviço de streaming de filmes.

Por fim, independente de qual seja o futuro da internet, é bem possível que as criptomoedas estarão presente. Fora dela, no mundo real, temos o mesmo sentimento de que o Bitcoin será cada vez mais usado no nosso dia a dia.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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